Estudos
A Apostasia e a falta de piedade
Leandro Barbosa
A relação da apostasia dos últimos tempos, somada à falta de piedade e o esfriamento do amor que hoje opera no seio da igreja, dão a direção do que deveremos enfrentar em um período não muito distante. Tão certo como Cristo viveu, morreu por nós e ressuscitou, deveria ser a certeza de sua volta. Porém, por estarmos num país muito ligado ao catolicismo, que procura não abordar de forma pragmática a segunda vinda de Cristo, acreditamos que isto é algo remoto, pouco aplicável e difícil de acreditarmos. Na contramão desta descrença estão os sinais, que a cada dia se tornam mais evidentes no nosso meio. Sinais que não podemos questionar, pois sua amplitude e magnitude são maiores do que podemos ou supomos questionar.

Neste espectro de sinais encontra-se a Apostasia. Quando muitos líderes e fiéis se perguntam por que o período de avivamento parece ter acabo em suas comunidades ou por que o fogo e as manifestações do Espírito Santo terem cessado, como se uma onda de pentecostes tivesse ocorrido e nunca mais voltasse, temos a parte da resposta no texto abaixo do apóstolo Paulo:

II Tessalonicenses 2:1-16
Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à  nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

A humanidade, e os cristãos de várias partes estão caminhando para a direção já apontada pela Bíblia. Ou seja, para a porta larga, para o caminho fácil, esfriando-se da fé e abandonando o seu primeiro amor, criando um distanciamento com Deus. Parece que a pergunta a ser feita é por que isto ocorre?

Sabemos e conhecemos várias das causas que nos levam a um estado de esfriamento e distanciamento de Deus, e inevitavelmente- encontramos no cerne da questão uma única palavra: pecado. A Bíblia fala em Rm 3:23 e Is 59:2 que os nossos pecados nos separam de Deus. Então, por que pecamos, sabendo que não devemos pecar? Poderíamos buscar respostas entrando no campo de batalha espiritual, sabendo que temos a tendência de agradar nossa carne, em detrimento de alimentarmo-nos das questões espirituais e que Satanás milita nas regiões celestiais querendo derrotar-nos todos os dias. Mas mesmo assim não responderíamos à questão de forma clara.

Objetivamente, poderíamos nos perguntar, e eu muitas vezes já fiz essa pergunta direta ao Pai: Por que Deus tu permites que eu peque contra ti?. Sempre esperei que Deus, por sua graça e misericórdia pudesse arrancar, de certo modo, extirpar de minha vida todos meus erros, meus vícios e minhas iniquidades, pois suficiente para isso é lógico que Ele é. Busquei nas palavras de Paulo, quando falava do espinho na carne o consolo que a graça de Deus seria suficiente, mas a idéia de permanecer pecando não me agrada e me enfraquece.

Então me vi refletindo que a minha luta e a de muitos irmãos será contra a apostasia dos últimos tempos. Pessoas, que como eu e você, se mantém pela misericórdia absoluta de Deus congregando em suas comunidades e recebendo palavras de exortação e aconselhamentos da parte de seus líderes. Muitas vezes, enganando e sendo enganadas pelo ativismo religioso, mantendo-se num mesmo nível espiritual, quando não regredindo na fé.

É incrível como tem sido mais frequente a queda de lideranças e pessoas de alta reputação espiritual que são surpreendidos em laços do malignos. Muitas vezes nos perguntamos como pode aquela pessoa ter caído tão repentinamente, mas desprezamos que os ataques do maligno já estavam presentes e aquela pessoa já havia apostatado da fé há bastante tempo. A apostasia tem sido muito mais comum do que podemos ou supomos imaginar no meio do povo crente. Não me refiro apenas aos novos na fé, mas, sobretudo a líderes e obreiros. Pessoas que, por si só, já não conseguem avançar e estão ficando pelo caminho.

Ora, então será que a vinda do Senhor está próxima? É certo que sim. Nunca tivemos cadeias e prisões tão repletas de ex-crentes. Nunca tivemos tantos desviados. Pessoas que ouviram e conhecem a verdade, que já foram libertos espiritualmente, mas não conseguem (e não conseguirão sozinhos) encontrar forças para retornar para Cristo. Complicado isso! E a teoria do livre arbítrio por que não pode ser aplicada? O mesmo livre arbítrio que fez com que esse grupo de pessoas se desviasse, escolhendo amar o mundo mais do que a Deus, não pode ser aplicada para trazê-las de volta ao Evangelho? Muitas tentativas de arrependimento e conversas secretas com Deus devem estar presentes nas vidas dessas pessoas, mas a força chamada Mundo & Pecado as consome e as impede de terem novamente a Paz de Deus.

Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado. Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação. Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis. I Tm 4: 1-10

Examinando este texto de I Timóteo 4: 1-10, podemos chegar a conclusão de que temos obedecidos a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, e que muitas vezes não temos rejeitado as fábulas profanas, sejam elas quais forem, com suas múltiplas faces. Também, podemos supor que mesmo nós que estamos nas igrejas e que não temos tido como alicerce único em nossas vidas a Jesus, temos sido sim influenciados por demônios e pelas estruturas de dominação, poder e influência existentes no mundo.

Complicado e difícil para um crente admitir que ele esteja sendo usado e manipulado por entidades demoníacas, sejam elas de menor ou de maior importância no reino das trevas. Sejam elas pecadinhos ou pecadões. Escandalizamos-nos quando alguém cai por corrupção, roubo, adultério ou outra forma de pecado mais relevante (como se para Deus existisse escala de valor, com relação a pecados). Somos críticos e pouco piedosos. No nosso íntimo caído, estamos sempre competindo, desejando sobrepor-mo-nos com relação aos outros, inclusive aos irmãos da fé. Essa é a nossa natureza e os conceitos pregados pelo mundo. Quanto mais parecermos corretos (mesmo que não sejamos), mais notoriedade e respeito teremos diante dos irmãos e das lideranças. Vaidade de vaidades, como diria o Pregador de Eclesiastes.

Nesta esteira de soberba, se ficamos sabendo que algum irmão atravessa por dificuldades, no nosso íntimo individualista nutrimos certa expectativa pela sua provável ruína. Onde está nossa atitude cristã e nossa vontade de socorrer o aflito? Somos piedosos para os da família da fé? Cantamos e entoamos hinos dizendo que somos Corpo, unidos, mas na verdade tem muita mão que não se importa com a dor do pé e vice-versa. Estamos na lista dos top 10 para sairmos numa campanha de evangelismo de rua, mas não nos dispomos a ouvir e oferecer o ombro pro irmão que senta ao nosso lado na igreja. Como se desprezássemos que todo aquele que está ligado ao corpo está sujeito a provações e aflições (por todo mundo, como diria Pedro).

E a ameaça da apostasia? Somos um exército disposto a enfrentar o inimigo, mas não estamos sendo um exército que tem sarado os seus feridos? Estamos investindo muito na busca de almas (e devemos realmente salvar o mundo), mas temos perdido muitos dos nossos no desenrolar da batalha. Precisamos urgentemente do ministério da Cruz Vermelha! Precisamos dos médicos para sarar os soldados feridos. Médicos que não se importem com o tamanho ou a profundidade das feridas do soldado, médicos que sigam o modelo do Médico dos Médicos. Que estejam dispostos a oferecer a essas pessoas uma nova oportunidade, ou quem sabe, a oportunidade de suas vidas. sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados. Tg 5:20

mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.

Exercitemos o ministério da reconciliação. Ofereçamos a possibilidade de que pessoas retornem ao caminho estreito. Sejamos agentes de transformação na vida de crentes, ex-crentes, ex-líderes. Não julgando, para que não sejamos julgados. Amando-os com o amor de Cristo Jesus.


A RATOEIRA
Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira.
Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos:
"Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa."
A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:
"Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda."
O rato foi até o cordeiro e disse a ele:
"Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira."
"Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar.
Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces"
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse:
"O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!"
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal - a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los o fazendeiro matou o cordeiro.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

Deus abençoe e cubra nossos pecados com Sua infinita misericórdia.
ENCONTRE UMA CÉLULA
NOVO TEMPLO

Saiba como está o andamento das obras do novo templo.