Mc 16:17-18 - "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortí­fera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."

Após a sua ressurreição, Jesus aparece aos onze discípulos e os encontra duros de coração, desacreditando do testemunho daqueles que já o tinham visto ressurreto. O Mestre repreende-os e os estimula à evangelização (o ide). Mas os versículos 17 e 18 de Marcos 16 são uma garantia de que algo especial os acompanharia, e a todos aqueles que cressem. Os sinais e as maravilhas estariam disponíveis aos crentes.

Desde os tempos mais remotos, Deus tem se mostrado à humanidade através de sinais e maravilhas espetaculares que desafiam o entendimento e a razão. Sonhos, visões, curas, libertações... Enfim, toda a sorte de milagres. Foi assim com Moisés, quando foi usado para ir a faraó; com os profetas e reis através dos tempos. O ministério do Senhor Jesus foi marcado por sinais e maravilhas, curas, libertações e o anúncio do Reino. E chegamos ao tempo dos apóstolos onde multidões se aglomeravam e os seguiam pelos sinais realizados através da vida deles.

Dois mil anos depois, multidões se aglomeram em igrejas em busca do seu milagre. Basta anunciar que em uma campanha ou cruzada terá um evangelista de fogo e a reunião será repleta de "algo sobrenatural"... isto, por si só, é certeza de "casa cheia". Este fenômeno ocorre porque as pessoas continuam seguindo os sinais; Paradoxalmente, Jesus diz que os sinais iriam acompanhar aqueles que crerem.

Será que temos nos investido dessa autoridade?

Se de fato somos templo onde habita o Espí­rito Santo, onde eu e você estivermos, algo bom e diferente deverá acontecer para honra e Glória de Deus. Afinal de contas, os sinais nos seguiriam.

Ao contrário desta promessa, vemos pessoas seguindo os sinais. Vejamos alguns obstáculos que impedem que os sinais nos acompanhem.

1) Exercício da Fé: Será que temos crido o suficiente para que os sinais nos acompanhem? "Sem fé é impossível agradar a Deus" Hb 11:6.

Creio que essa pergunta deve nos acompanhar todos os dias. Será que temos fé e ousadia para orar por uma ressurreição? por um paciente em seu leito de morte? por uma libertação daquelas complicadas? será? será que cremos o suficiente?

Quando vemos o texto de Mc 9:14-28, onde Jesus liberta aquele jovem, vemos no diálogo do Senhor com o pai do menino e aquelas frases são libertadoras. "Se podes? tudo é possí­vel ao que crê. - Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé".

Eu creio que muitas vezes teremos que chegar diante do Senhor e usar da mesma sinceridade desse pai, reconhecendo a nossa falta de fé. Se analisarmos os milagres de Jesus, suas curas, suas libertações eram precedidas de manifestações públicas de fé. A fé é a antessala do milagre. É preciso crer para receber e para ser um vaso portador das maravilhas de Deus. Será que cremos que podemos ser usado com poder?

Quando cessa a fé e a crença verdadeira, os sinais começam a desaparecer. Fé e unção são coisas sobrenaturais e virais. As igrejas que estão vivenciando o mover do Espí­rito Santo, estão impregnadas de fé e de unção. Um contágio tremendo que se espalha entre as suas comunidades, casas e chega até os púlpitos. Deus ainda se mostra hoje com sinais e maravilhas, mas para isso é preciso crer sem duvidar que Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre.

2) Preparação - "Permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder." Lc 24:49

Os discípulos, antes de iniciarem seus ministérios após a ressurreição do Senhor, foram preparados, capacitados, revestidos com o poder do Espí­rito Santo. Em At 5:12 diz que as multidões afluíam e crescia o número de crentes por causa dos sinais que os Apóstolos faziam. Os mesmos discípulos que não conseguiram libertar o jovem de Mc 9.
Aqueles os quais o Senhor dizia que precisavam prepara-se com jejum e oração, agora estavam capacitados e realizando curas, libertações e pregando com ousadia e intrepidez o Evangelho.

As pessoas começam a crer naquilo que veem. Essa tem sido a porta de entrada para muitas pessoas que não creem e, creio eu, tem sido a forma de Deus se mostrar presente e operante em muitos corações incrédulos.

3) Sensibilidade aos propósitos de Deus: O Espí­rito Santo nos capacita e nos usa para o seu propósito. Quando estamos e permanecemos cheios do Espí­rito Santo coisas tremendas começam a acontecer. Somos parados na rua; somos levados a um hospital, numa fila de banco, no nosso local de trabalho, etc. Existe um poder sobrenatural que atrai as pessoas para nós e nos coloca em uma dimensão espiritual que faz com que enxerguemos onde e como Deus quer agir através de nossas vidas. Como se tivéssemos um grande campo magnético onde pessoas são atraídas a nós, com o propósito de se chegar perto de Deus.

Foi assim com Pedro e o centurião Cornélio, onde ambos foram atraí­dos pelo Espí­rito Santo para um propósito maior: o iní­cio da salvação dos gentios (At 10).

Tem momentos em que vamos orar, ministrar e algo não irá acontecer, simplesmente porque não está nos planos e propósitos de Deus. Em outros momentos, a graça maravilhosa de Deus nos levará a lugares desconhecidos, a pessoas desconhecidas, para fazer coisas que a nós soa estranho.

Simplesmente, porque Deus não faz acepção de pessoas. Cornélio reuniu seus familiares e amigos e quando Pedro começa a explicar as escrituras e a pregar, aquelas pessoas creem e, no mesmo momento, o Espí­rito Santo vem sobre aquela casa. A Fé e o milagre vem pela Palavra.

Vivemos o tempo da última colheita. É tempo de salvação aos que se perdem e tempo de renovo para aqueles que creem. O Espí­rito Santo está sobre nós para levar salvação ao cativo, consolar os que choram, pregar o ano aceitável do Senhor (Is 61). E para que isso se cumpra em nossas vidas, os sinais deverão nos acompanhar.